Exhibição de Arte Contemporânea Indígena Arte de Jaider Esbell e Denilson Baniwa Etiquetas e comentários pelas alunas da aula Com Algumas das Curadoras Denilson Baniwa, “Natureza Morta II”, 2017, infogravura. Não se esqueça de que os animais também são da floresta. A imagem alterada de uma floresta verde cortada na forma de uma onça indica sua presença fundamental, como seres originários da terra. Denilson Baniwá, “Ekúkwe 2” (a terra envenenada e com odor de morte), 2018, acrílica sobre tecido. Jaider Esbell, “It was Amazon,” 2016 Denilson Baniwa, “Arqueiro digital”, 2017, a partir da gravura “Caboclo”, de Jean-Baptiste Debret (1834). Cores vibrantes. O caçador deitado. Outro em pé no fundo. Cactos, cores vibrantes, um pássaro morto. Jaider Esbell, “A árvore de todos os saberes”, 2013, acrílica sobre tela. Jaider Esbell, “Conhecimento e dignidade”, acrílica sobre tela, 2012. Uma visão onírica da relação com a terra e o território, entre o peixe e a mulher grávida, e as ameaças a esta relação – arame farpado, agrotóxicos, as chamadas altas tecnologias que vão separando ela do rio, fonte de alimentação saudável. Jaider Esbell, da exposição “TransMakunaima” (2018) Jaider Esbell, “Maldita e desejada”, 2013, acrílica sobre tela. Interessante como as cores fazem uma espécie de caleidoscópio e que a figura do animal seja representada com olhos vermelhos, que dão um tom de mistério. “Cultura indígena deve ser analisada com a contemporânea.” – Jaider Esbell Denilson Baniwa, “Cacique Samado”, 2017, gravura. Jaider Esbell, “Zoomorfo”, 2016, fitas, marcadores, tinta acrílica, casca, e galhos de árvores. Denilson Baniwa, “Azougue 80”, 2018, HD vídeo, cor, som, 4’29”. Denilson Baniwa, “Awá uyuká kisé, tá uyuká kurí aé kisé irü (those who harm with metal, with metal shall be hurt), 2018, acrílico em tecido, 2018. “Nheengaitá” (Protagonismo e a nossa voz precisa ser escutada), 2018, acrílica sobre tecido. A convergência dos mundos indígena e não indígena. A moça na pintura está usando um microfone e sistema de som para falar com o público, um símbolo da amplificação das vozes e presenças dos indígenas. Denilson Baniwa, “Pajé-Onça caçando na Avenida Paulista”, 2018, performance, HD vídeo, 16:9, cor, som, 16’04”. Você acha que os indígenas não estão nas cidades? Está errado! Denilson Baniwa, “Cobra do Tempo”, 2017, parede de 75 metros, incluído na exposição Dja Guatá Porã / Rio de Janeiro indígena”, no Museu de Arte do Rio. Foto de Alexandre Araújo. Inclui dados do censo de 2010, que registrou presença indígena em 89 dos municípios do estado do Rio de Janeiro. Denilson Baniwa, “Petroglifos na Selva de Pedra”, 2019, projeção à laser na cidade. As figuras projetadas nos prédios aqui são símbolos das tradições indígenas de encontro com as tecnologias e urbanismo modernos. Como que a tecnologia afeta as vidas indígenas? Como que afeta as vidas não-indígenas? Ajuda com a resistência? Destrói vidas? Destrói as tradições culturais dos povos indígenas? A tecnologia pode ser adotada para servir as vidas e a resistência indígenas? Denilson Baniwa, “Natureza Morta I”, 2016, infogravura. A natureza morre quando os indígenas são mortos. Denilson Baniwa, “Floresta em pé, fascismo no chão”, 2018. Obra feita durante uma oficina de cartazes na Casa do Povo em São Paulo. O artista diz que usa linguagens ocidentais para descolonizá-las na sua obra. Nesta obra, ele usa a onça, um símbolo potente para ele junto com as palavras para destacar a diferença entre o uso indígena de sua própria terra e o uso do governo fascista que a maltrata e destrói. Denilson Baniwa, “Pajé-Onça caçando na Avenida Paulista”, 2018, performance, HD vídeo, 16:9, cor, som, 16’04”. Como a sociedade não indígena faz difícil ou até impossível as práticas tradicionais indígenas, como a caça? O território nativo dos indígenas vira um lugar de difícil pertencimento, que muitas vezes não sabem navegar. Jaider Esbell, “Pata Ewa’n” (O coração do mundo), acrílica sobre tela, 2016. Esta obra representa a conexão entre diversos seres vivos no mundo. Jaider Esbell, “A jornada dos não-humanos”, 2012, acrílica sobre tela. Denilson Baniwá, “La Gioconda Kunhã”, 2019. Denilson, Baniwa, “Curumim”, guardador de memórias, 2018, acrílica sobre tecido. Esta obra mostra uma figura indígena com um computador Apple, que é o único elemento do mundo não-indígena. O fundo é decorado com um padrão indígena e o menino tem objetos fabricados por povos indígenas (a maracá e a cesta”). Pode-se interpretar a presença do computador então como algo agora indígena, que pode existir no mundo indígena, uma ideia que se contrapõe a estereótipos dos povos indígenas como não fazendo parte do mundo contemporâneo. Jaider Esbell, “Conheça a ti próprio”, 2013, acrílica sobre tela. “Pajé-Onça Hackeando a 33ª Bienal de Artes de São Paulo”, 2018, performance, HD vídeo, 16:9, cor, som, 15’ Ritualisticamente queimando a história da arte.