Baniwa

Por Melisa Aguila

Os Baniwa e a Escola

Fontes

A fonte desta parte do dossiê é um estudo de Valéria Augusta Cerqueira de Medeiros Weigel, uma doutora em antropologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas. Este estudo, intitulado Os Baniwa e a escola: sentidos e repercussões, analisa e responde às seguintes perguntas em relação ao povo Baniwa: Por que um povo indígena se mobiliza e empreende lutas por escola? Quais sentidos e repercussões a educação escolar tem tido para o povo Baniwa?

Por sua localização na região do Alto Rio Negro, o povo Baniwa tem muitos aspectos socioculturais que mudaram nos últimos anos e que até afetaram a educação. Hoje a educação está relacionada a diferentes interesses e sentidos, representações do mundo e projetos. Este estudo também menciona como esta expansão social afetou a criação de diferentes modelos de ensino ou conteúdo das matérias escolares. De Medeiros refere aos estudos de Weigel e Ramos (1991) sobre os internatos de vendas para o Alto Rio Negro, implantados na região de 1915 a 1953, e como explicam como as culturas mudaram e que agora as salas de aula são “um espaço ambivalente e contraditório, em que, tanto do ponto de vista do índice quanto o não-indicador, efeitos antagônicos podem ser exibidos”.

Os Baniwa preocupam-se com o desaparecimento de suas tradições e culturas como resultado da modernização da educação, mas vêem a criação de escolas como vital para o seu desenvolvimento como sociedade. Como sugere de Medeiros,“a escola representa tanto a luta pela sobrevivência Baniwa, contribuindo para a construção de uma nova identidade, quanto a esperança de felicidade no futuro”. Em conclusão, este artigo revela o que é importante para o povo Baniwa e como algo como a educação e as escolas, que não sugeriríamos um grande problema nas comunidades indígenas, serve como uma porta para a mudança sociocultural e a visibilidade.